No espaço de 2 anos, tinha ocorrido uma redução no peso e na massa molecular, a tal
ponto que se perdeu a ecogenicidade e as hastes já não eram reconhecíveis por ultra-som
intravascular, deixando poucas características visíveis por IVUS. As características visíveis
sob OCT relacionadas com a cicatrização do vaso estavam presentes em alguns doentes.
Nestes doentes, a OCT mostrou uma estrutura de parede do vaso opticamente homogénea,
o que, considerado em conjunto com o potencial restauro da vasomotricidade, sugere a
cicatrização da artéria.
8.3
Estudo de Coorte B ABSORB
8.3.1 Metodologia e Estado Actual
Baseado no forte perfil de segurança observado relativamente ao Sistema BVS da Coorte A
Absorb na Coorte A, a Coorte B do ensaio ABSORB foi iniciada a 19 de Março de 2009 para
avaliar o Sistema BVS Absorb num estudo de registo prospectivo, aberto e multicêntrico.
Foram inscritos sujeitos com até duas lesões
de novo
de artéria coronária nativa em vasos
epicardíacos separados, com diâmetros nominais dos vasos calculados visualmente de
3,0 mm e um comprimento das lesões ≤ 14 mm, tendo recebido um único BVS Absorb
de 3,0 x 18 mm por lesão tratada. Participaram neste estudo doze centros clínicos na
Europa, Austrália e Nova Zelândia.
A inscrição de 101 doentes no estudo de Coorte B (45 doentes no Grupo 1 com seguimento
de imagiologia após 180 dias e 2 anos, e 56 doentes no Grupo 2 com seguimento de
imagiologia após 1 e 3 anos) foi concluída a 6 de Novembro de 2009. Actualmente, estão
disponíveis dados clínicos relativos ao pós-procedimento, após 6 meses, 9 meses, 1 ano,
2 anos e 3 anos. Além disso, estão disponíveis resultados angiográficos e de IVUS após
2 anos, relativos aos sujeitos do Grupo 1, estando disponíveis dados semelhantes após
1 ano e 3 anos relativos aos sujeitos do Grupo 2. O seguimento está em curso. Os doentes
serão seguidos ao longo de 5 anos.
8.3.2 Resultados Clínicos da Coorte B Completa
A
Tabela 5
apresenta os resultados clínicos após 4 anos para todos os doentes da
Coorte B do ensaio ABSORB (101 doentes).
Tabela 5: Resultados Clínicos Hierárquicos da Coorte B (População ITT)
30 dias 6 meses 9 meses 1 ano
2 anos
3 anos
4 anos
N = 101 N = 101 N = 101 N = 101 N = 100* N = 100* N = 99**
Morte
cardíaca, %
0
0
0
0
0
0
0
EM, % (n)
2,0 (2) 3,0 (3) 3,0 (3) 3,0 (3) 3,0 (3)
3,0 (3)
3,0 (3)
EM com
ondas Q
0
0
0
0
0
0
0
EM sem
ondas Q
2,0 (2) 3,0 (3) 3,0 (3) 3,0 (3) 3,0 (3)
3,0 (3)
3,0 (3)
TLR resultante
de isquemia,
% (n)
0
2,0 (2) 2,0 (2) 4,0 (4) 6,0 (6)
7,0 (7)
7,0 (7)
por ICP
0
2,0 (2) 2,0 (2) 4,0 (4) 6,0 (6)
7,0 (7)
7,0 (7)
por CABG
0
0
0
0
0
0
0
MACE
resultante
de isquemia,
(morte
cardíaca,
EM ou TLR
resultante de
isquemia),
% (n)
2,0 (2) 5,0 (5) 5,0 (5) 6,9 (7) 9,0 (9) 10,0 (10) 10,1 (10)
Trombose da
plataforma
(%)
0
0
0
0
0
0
0
Os dados são percentuais (número de doentes); MACE = (morte cardíaca, EM ou TLR
resultante de isquemia)
* Houve perda de seguimento de um sujeito após a consulta dos 2 anos.
** Um doente foi terminado precocemente visto que não teve quaisquer eventos de
segurança, e foi assim removido do numerador e denominador na coluna dos 4 anos.
Para a Coorte B completo (101 doentes), ocorreram três enfartes do miocárdio sem
ondas Q, dois dos quais durante a hospitalização e um ocorrido 43 dias após o
procedimento. Foram notificadas sete ID-TLR por ICP ao longo de 4 anos. A taxa global de
MACE após 4 anos foi de 10,1% e não houve casos de morte cardíaca ou trombose da
plataforma segundo o protocolo ou segundo as definições do ARC.
Os resultados do estudo de Coorte B completo (101 doentes) após 4 anos são
numericamente superiores aos resultados do estudo de Coorte A (30 doentes) após 4 anos.
Os resultados clínicos a 48 meses revelam uma taxa de MACE de 3,4% e 10,1% nos grupos
da Coorte A e Coorte B completa do estudo ABSORB, respectivamente. Além disso, não se
registaram casos de morte cardíaca ou trombose da plataforma em nenhum dos grupos.
Os resultados clínicos da Coorte B continuam a suportar o desempenho e segurança
estabelecidos na investigação da Coorte A.
8.3.3 Resultados Angiográficos, de Ultra-Som Intravascular (IVUS) ou Tomografia
de Coerência Óptica (OCT) após 180 Dias, 1, 2 e 3 Anos
Os resultados angiográficos após 180 dias relativos ao Grupo 1 da Coorte B (Coorte B1)
demonstraram uma perda tardia de 0,19 mm (N = 42), o que constitui uma comparação
satisfatória com a perda tardia de 0,10 mm (N = 23) do Sistema de Stent Coronário com
Eluição de Everolimus XIENCE V (SSCEE XIENCE V) de 3,0 x 18 mm, observada no primeiro
ensaio SPIRIT FIRST em humanos, e mostram uma melhoria favorável em relação à perda
tardia de 0,43 mm (N = 26) da Coorte A.
Após 180 dias, os resultados de IVUS da Coorte B1 mostraram hiperplasia da neo-íntima
intra-plataforma limitada, a obstrução de volume (VO) foi de 1,2% (N = 40) e a área com
hiperplasia da neo-íntima foi de 0,08 mm
2
(N = 40). Estes resultados comparam-se
favoravelmente com o SSCEE XIENCE V no estudo SPIRIT FIRST (obstrução de volume
de 8,0% [N = 21] e área de hiperplasia da neo-íntima de 0,56 mm
2
[N = 21]) e com a
Coorte A (obstrução de volume de 5,3% [N = 25] e área de hiperplasia da neo-íntima
de 0,29 mm
2
[N = 25]). Conforme observado na Coorte A, os resultados de IVUS após
6 meses mostraram uma redução significativa da área luminal média (6,60 ±1,22 mm
2
[N = 37] após o procedimento vs. 6,37 ±1,12 mm
2
[N = 37] após 180 dias, p = 0,0048).
A área do vaso manteve-se comparável entre a linha de base e o seguimento a 180 dias
(14,22 ±3,75 mm
2
[N = 37] vs. 14,49 ±3,67 mm
2
[N = 37]) demonstrando a ausência
de remodelação expansiva ou constritiva significativas.
Os resultados angiográficos passado 1 ano, da Coorte B, Grupo 2 (Coorte B2), demonstraram
uma perda tardia de 0,27 mm (N = 56), que equivale perfeitamente à perda tardia de
0,23 mm (N = 22) observada no XIENCE V com 3,0 x 18 mm no ensaio SPIRIT FIRST. Após
1 ano, os resultados de IVUS da Coorte B2 (N = 54) mostraram hiperplasia da neo-íntima
intra-plataforma limitada, a percentagem de obstrução da área intra-plataforma e a área de
hiperplasia da neo-íntima foram mínimas (1,43% e 0,09 mm
2
, respectivamente). Ao longo do
tempo, verificou-se um aumento significativo, apesar de não ser clinicamente relevante, da área
da placa total com um aumento concomitante da área do vaso. Para além disso, a área luminal
média manteve-se estável desde o pós-procedimento (6,31 ± 0,95 mm
2
) até passado 1 ano
(6,33 ± 1,17 mm
2
). Por OCT, não houve nenhuma alteração significativa das áreas média e
mínima de plataforma entre o pós-procedimento e 1 ano (N = 21). Houve apenas uma redução
da área luminal mínima e a área luminal média diminuiu significativamente, em resultado do
crescimento da área da neo-íntima média (1,34 ± 0,67 mm
2
) apesar de não ser clinicamente
significativo. O aumento da estenose da área luminal foi estatisticamente significativo de 20,2%
no pós-procedimento até 26,9% após 1 ano, apesar de não ser clinicamente relevante. Estes
dados vieram provar não ter ocorrido qualquer redução na área da plataforma.
Os resultados de imagiologia passados 2 anos da Coorte B, Grupo 1 (Coorte B1),
demonstraram uma perda tardia angiográfica dentro da plataforma de 0,27 mm (N = 38),
que corresponde à perda tardia observada após 1 ano para a Coorte B, Grupo B2, mas
é inferior que os 0,33 mm (N = 83) observados no XIENCE V no ensaio SPIRIT II. Os
dados de IVUS após 2 anos (N = 33) revelaram um resultado único para o BVS Absorb,
que é o aumento da área média da plataforma entre os 6 meses e os 2 anos (6,42 versus
7,08 mm
2
, p < 0,0001). Este aumento foi superior ao aumento observado na hiperplasia
da neo-íntima e foi acompanhado por área luminal média de aumento tardio (6,36 versus
6,85 mm
2
, p = 0,0105). Os resultados de IVUS foram apresentados com a análise
comparativa emparelhada (de série) após o procedimento, após 6 meses e 2 anos.
Similarmente, os dados de OCT (N = 23) foram apresentados com a análise emparelhada
(de série) e demonstraram que desde os 6 meses até aos 2 anos, a área média do núcleo
de haste diminuiu de 0,20 para 0,15 mm
2
(p <0,0001), a área média da neo-íntima de
aumentou, mas permaneceu mínima após 2 anos (1,43 versus 2,11 mm
2
, p <0,0001)
e a área média luminal permaneceu inalterada. Além disso, a área média de plataforma
aumentou de 7,47 para 8,24 mm
2
(p = 0,0155) após o procedimento até 2 anos, indicando
a perda de integridade mecânica da plataforma e potencial expansão do vaso. A cobertura
da haste de plataforma pela neo-íntima estava praticamente concluída aos 6 meses (98%)
e aos 2 anos (99%).
A 3 anos pós-procedimento, os resultados da análise de ultra-som intravascular (IVUS) do
Grupo 2 da Coorte B (Coorte B2, N=44) revelou aumento da plataforma (área média da
plataforma de 6,35 ±0,99 mm
2
após 1 ano vs. 7,08 ±1,55 mm
2
após 3 anos, p < 0,0001)
e aumento da área do lúmen médio (6,35 ± 1,17 mm
2
após 1 ano vs. 6,81 ± 1,62 mm
2
após 3 anos, p = 0,0006). O aumento tardio do lúmen é particularmente interessante
devido à preservação da área do vaso (área média do vaso de 14,43 ± 2,64 mm
2
após
1 ano vs. 14,58 ± 2,67 mm
2
após 3 anos, p = 0,407), não obstante um aumento da
área da neo-íntima (0,08 ± 0,13 mm
2
após 1 ano vs. 0,28 ± 0,41 mm
2
após 3 anos,
p < 0,0001). Os resultados de OCT a 3 anos (N=18) revelaram também um aumento da
plataforma entre 1 e 3 anos (área média da plataforma de 7,51 ± 0,95 mm
2
após 1 ano vs.
8,64 ± 2,15 mm
2
após 3 anos, p = 0,0008). A área do lúmen permaneceu relativamente
constante (6,01 ± 1,29 mm
2
após 1 ano vs. 6,09 ±1,67 mm
2
após 3 anos, p = 0,679).
A área do vaso não foi medida porque o OCT não consegue demarcar a lâmina elástica
externa. De uma maneira geral, a hiperplasia da neo-íntima permaneceu pequena embora
tenha havido um aumento da hiperplasia da neo-íntima entre 1 ano e 3 anos (área média
da neo-íntima de 1,41 ± 0,68 mm
2
após 1 ano vs. 2,35 ± 0,68 mm
2
após 3 anos,
p < 0,0001).
8.3.4 Discussão
Um total de 101 doentes foram inscritos, com dados clínicos disponíveis após 4 anos
em relação à Coorte completa. Além disso, estão disponíveis dados de imagiologia
após 180 dias e 2 anos relativamente aos 45 doentes da Coorte B1, e após 1 ano e
3 anos relativamente aos 56 doentes da Coorte B2. Globalmente, o Sistema BVS Absorb
demonstrou uma elevada taxa de sucesso (98% de sucesso do procedimento e 100% de
sucesso do dispositivo) e segurança até 3 anos após a implantação. Após 4 anos, a taxa
MACE manteve-se baixa a 3,4% e 10,1% nos grupos da Coorte A e Coorte B ABSORB,
respectivamente. Além disso, não se registaram casos de morte cardíaca ou trombose
da plataforma em nenhuma das coortes. Com base nestes resultados, o desempenho e
segurança continuam a ser estabelecidos nos estudos da Coorte A e Coorte B.
A imagiologia da Coorte B indicou que a perda tardia angiográfica parece estabilizar entre
1 e 3 anos. No Grupo B1 e Grupo B2, os resultados da IVUS indicam uma expansão
tardia da plataforma e dimensões do lúmen entre 6 meses e 2 anos, e entre 1 e 3 anos,
respectivamente, o que era consistente com a expansão da plataforma observada no
OCT. Estes resultados sugerem uma bioreabsorção da plataforma acompanhada por
uma perda da integridade estrutural. Este fenómeno é único das plataformas vasculares
bioreabsorváveis e está em contraste com a imagiologia de IVUS de série de DES metálico,
onde não foi observada a expansão tardia do lúmen
1
. O seguimento está em curso. Os
doentes serão seguidos ao longo de 5 anos.
8.4
ABSORB EXTEND
O principal objectivo do estudo ABSORB EXTEND é continuar a avaliação da segurança e
desempenho do Sistema BVS Absorb numa população de doentes maior em geografias
mais globais. Este ensaio recolhe dados clínicos sem os efeitos da imagiologia extensiva.
As lesões tratadas são ligeiramente mais complexas do que as incluídas em ensaios
anteriores ABSORB. São permitidas lesões mais longas ao utilizar a sobreposição planeada
do BVS Absorb ou ao utilizar tamanhos mais longos de BVS Absorb, à medida que são
disponibilizados. A secção que se segue resume a concepção do estudo e resultados
clínicos provisórios do estudo ABSORB EXTEND.
8.4.1 Metodologia e Estado Actual
ABSORB EXTEND é um estudo clínico prospectivo, aberto, de braço único, planeado para
registar até 1000 indivíduos em, no máximo, 100 locais globais. Cada indivíduo receberá
tratamento, no máximo, em duas lesões coronárias nativas
de novo
com cada lesão num
vaso epicardíaco diferente. Os indivíduos com um comprimento da lesão-alvo ≤ 28 mm e
dimensões do vaso de referência adequados para serem tratamentos com um BVS Absorb,
podem ser inscritos no ABSORB EXTEND. O BVS Absorb de 3,0 x 18 mm está disponível
desde o início da inscrição no ensaio. Os BVS de 3,0 x 28 mm, 2,5 x 18 mm, 2,5 x 28 mm,
3,5 x 12 mm, 3,5 x 18 mm e 3,5 x 28 mm foram incorporados no ensaio à medida que
foram disponibilizados. A inscrição foi concluída no ABSORB EXTEND com 812 doentes em
Outubro de 2013. Os doentes serão seguidos durante até 3 anos.
8.4.2 Resumo de Resultados Clínicos até 1 Ano (Cutoff de Dados Provisórios)
Entre o total de 605 doentes inscritos no ABSORB EXTEND desde 3 de Dezembro de
2012, foram disponibilizados dados de seguimento clínicos após 37 dias (janela de
30 dias ± 7 dias), 194 dias (janela de 180 dias ± 14 dias) e 393 dias (janela de 365 dias
± 28 dias) para 591, 537 e 450 indivíduos, respectivamente (
Tabela 6
). Os objectivos
1
Claessen BE, Beijk MA, Legrand V, Ruzyllo W, Manari A, Varenne O, Suttorp MJ, Tijssen
JG, Miquel-Hebert K, Veldhof S, Henriques JP, Serruys PW, Piek JJ. Two-year clinical,
angiographic, and intravascular ultrasound follow-up of the XIENCE V everolimus-eluting
stent in the treatment of patients with
de novo
native coronary artery lesions: the SPIRIT II
trial. Circ Cardiovasc Interv. 2009 Aug;2(4):339-47.
conjuntos são apresentados utilizando as definições de protocolo para EM. Os objectivos
conjuntos baseiam-se em contagens não hierárquicas, salvo indicação em contrário.
Tabela 6: ABSORB EXTEND Contagens de indivíduos de efeitos adversos resultantes de
isquemia ao longo de 393 dias (toda a população inscrita de indivíduos)
Eventos
ABSORB EXTEND
0 – 37 Dias
(N = 591)
ABSORB EXTEND
0 – 194 Dias
(N = 537)
ABSORB EXTEND
0 – 393 Dias
(N = 450)
MACE hierárquica
2,4% (14/591)
3,0% (16/537)
4,2% (19/450)
TVF hierárquica
2,4% (14/591)
3,4% (18/537)
4,7% (21/450)
Eventos
ABSORB EXTEND
0 – 37 Dias
(N = 591)
ABSORB EXTEND
0 – 194 Dias
(N = 537)
ABSORB EXTEND
0 – 393 Dias
(N = 450)
Contagens não hierárquicas
Morte cardíaca
0,2% (1/591)
0,2% (1/537)
0,2% (1/450)
EM
2,4% (14/591)
2,8% (15/537)
2,9% (13/450)
EMQ
0,7% (4/591)
0,6% (3/537)
0,9% (4/450)
EMSQ
1,7% (10/591)
2,2% (12/537)
2,0% (9/450)
ID-TLR
0,3% (2/591)
0,6% (3/537)
1,8% (8/450)
TVR não TL ID
0,0% (0/591)
0,6% (3/537)
0,9% (4/450)
Trombose da plataforma
0 – 30 dias
0 – 194 dias
0 – 393 dias
Definitivo
0,3% (2/591)
0,4% (2/536)
0,7% (3/449)
Provável
0,2% (1/591)
0,2% (1/536)
0,2% (1/449)
Definitivo/provável
0,5% (3/591)
0,6% (3/536)
0,9% (4/449)
Nota:
Os indivíduos são contados apenas uma vez para cada tipo de evento para cada
período de tempo.
Nota:
Todas as entradas na tabela foram calculadas com base nos dados desde a data
de cutoff de dados de 3 de Dezembro de 2012.
As taxas de MACE e TVF aos 37 dias de 2,4% resultaram dos eventos de EM (10 EMSQ e
3 EMQ hierarquicamente), relativos ao vaso-alvo. Ocorreu uma morte cardíaca de acordo
com a definição do ARC. A taxa de EM não hierárquica global aos 37 dias foi de 2,4%
(14/591) (10 EMSQ e 4 EMQ).
A taxa de MACE aumentou para 3,0% aos 6 meses, atribuído maioritariamente aos 15 EM
hierárquicos e 1 morte cardíaca. A taxa de TVF aos 6 meses foi de 3,4% (18/537 [1 morte
cardíaca, 15 EM e 2 TVR não TL ID hierarquicamente]). Um doente que morreu ao dia 108
foi adjudicado como morte cardíaca de acordo com a definição do ARC para morte cardíaca
(0,2% aos 194 dias, 1/537). Não foi implantado qualquer BVS Absorb na lesão-alvo neste
doente, porque ocorreu uma dificuldade em atravessar a lesão com o BVS Absorb. Em vez
disso, foi implantado um stent metálico com eluição de everolimus. Ao longo do mesmo
período, a taxa de ID-TLR foi de 0,6% (3/537) devido à ocorrência de 2 eventos de ID-TLR
por ICP e 1 evento de ID-TLR por CABG. A taxa de TLR não TL ID foi de 0,6% (3/537)
devido à ocorrência de dois eventos de TLR não TL ID por CABG e 1 evento de TLR não
TL ID por ICP.
No ano 1, a taxa de MACE foi de 4,2% (19/450 [1 morte cardíaca, 13 EM (por protocolo)
e 5 ID-TLR hierarquicamente]). A taxa de TVF foi de 4,7% (21/450 [1 morte cardíaca,
13 EM (por protocolo), 5 ID-TLR e 2 TVR não TL ID hierarquicamente]). A taxa de EM não
hierárquica global (por protocolo) aos 393 dias foi de 2,9% (13/450) (9 EMSQ e 4 EMQ).
8.4.3 Resumo de Resultados Clínicos até 2 Anos (Cutoff de Dados Provisórios)
No subconjunto dos primeiros 250 doentes que alcançou o seguimento de 2 anos
(758 dias) (19 de Julho de 2013 foi a data de suspensão de dados), ocorreu um caso de
morte cardíaca e a taxa de MACE de 758 dias era baixa (7,3%). As taxas TLF e TVF eram
igualmente baixas a 6,9% e 8,1%, respectivamente. Além disso, a taxa ARC de defi
provável trombose da plataforma era de 0,8% para esta população ao longo dos 758 dias.
Tabela 7: ABSORB EXTEND Contagens de indivíduos de efeitos adversos resultantes de
isquemia ao longo de 758 dias (população inscrita de 250 indivíduos)
Eventos
30 Dias,
N = 250
(30 ± 7 dias)
6 Meses,
N = 250
(180 ± 14 dias)
1 Ano,
N = 250
(365 ± 28 dias)
2 Anos,
N = 250
(730 ± 28 dias)
Hierárquica, por
protocolo
MACE
2,0% (5/250)
2,8% (7/250)
4,4% (11/250)
7,3% (18/248)
TVF
2,0% (5/250)
3,2% (8/250)
4,8% (12/250)
8,1% (20/248)
TLF
2,0% (5/250)
2,8% (7/250)
4,4% (11/250)
6,9% (17/248)
Contagens não
hierárquicas
EM (por
protocolo)
2,0% (5/250)
2,4% (6/250)
2,8% (7/250)
4,0% (10/248)
Morte
cardíaca
0,0% (0/250)
0,4% (1/250)
0,4% (1/250)
0,4% (1/248)
TLR
resultante de
isquemia
0,4% (1/250)
0,4% (1/250)
2,0% (5/250)
4,0% (10/248)
TVR não TL
ID resultante
de isquemia
0,0% (0/250)
0,4% (1/250)
0,8% (2/250)
2,0% (5/248)
Trombose da
plataforma
(Def/Prov ARC)
0,4% (1/250)
0,4% (1/249)
0,8% (2/249)
0,8% (2/246)
1. Os dados são % (número de indivíduos com eventos/número de indivíduos)
2. TLR = revascularização da lesão-alvo TV = vaso-alvo
3. MACE = eventos adversos cardíacos major (desfecho composto de morte cardíaca,
EM ou TL resultante de isquemia)
4. TLF = falha da lesão-alvo (desfecho composto de morte cardíaca, TVMI, TVR
resultante de isquemia)
5. TVF = falha do vaso-alvo (desfecho composto de morte cardíaca, EM, TLR
resultante de isquemia, TVR não TLR resultante de isquemia)
EL2103340 (4/24/15)
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RELEASED
RELEASED
Printed on : 04/29/2015